E aí, preparado(a) para mais um “up grade” nessa nossa vida de vestibulando? Então vamos lá, né?! Eu trouxe pra gente pensar os cinco erros mais comuns quando a gente está fazendo na prova de Linguagens! É isso meeeesmo, blz?! Cinco… cinquinho! E se você conseguir superar cada um deles, isso vai fazer toda a diferença! Cinco pedras que você vai tirar do caminho…
1º erro:
- Achar que a prova de Linguagens do Enem é pura interpretação de texto… O cara fica dizendo que Linguagens é bobagem, que não tem o que estudar, que é só interpretação de texto… Nada disso, chuchu!
A prova tem sim questões de percepção das ideias do texto para você mostrar que você entendeu o que o texto traz… O problema, queridinho(a), é que você acha que é pra conversar com o texto, dar a sua opinião, colocar o que pensa e blábláblá. E erra! E fica dizendo que “cada um tem a sua interpretação”… Claro que cada um tem a sua interpretação, mas isso você faz lá na prova de redação. Você lá coloca o que você pensa, não na prova em que você vai marcar uma letra…
Vamos desenhar: olha só essa questão…
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O comando começa com “DE ACORDO COM O TEXTO”. Como você pode ver, pede-se o que está no texto, não de acordo com o vestibulando… Aí o cara vai pensar sobre luta, vai lembrar do filme de luta que ele viu na Netflix, do vizinho que é boxeador e… depois vem reclamando que não acertou!
Por isso, substitua a “interpretação” pela percepção das ideias do texto. Mas não é só isso, hein?! A gente tem pelo menos mais três abordagens gerais. Uma delas é a percepção da intenção do texto. Tipo “o que é que esse cara quer com isso?”. Você vai não olhar a ideia que o texto traz, mas por que aquele cara escreveu daquele jeito. É aí que aparece o segundo erro.
2º erro:
- “Procurar no texto a intenção do texto”. Mais ou menos assim: quando escreveu, ele queria o quê? Fez o texto para quê? Fez o texto daquele jeito pra quê? Então a resposta não está no texto… é preciso observar o texto antevendo o que o autor quis alcançar.
O autor da questão usou inusitadamente o jogo para quê? Então, a gente erra quando não entende que se trata desse tipo de questão…
3º erro (muito comum):
- A gente extrapola aquilo que está no comando. Como você já sabe que vai direto para o comando, muitas vezes captura uma palavra e já quer responder a partir dela. Vamos supor, por exemplo, que o comando comece informando que o Realismo é uma escola literária a que pertence o autor do texto. Aí você corre para a sua memória e vai buscar informações sobre o Realismo. Na verdade, o comando estava apenas citando o Realismo e a abordagem da questão era a estrutura daquele fragmento. Você então erra porque foca em outra coisa e acaba não percebendo que saiu daquilo que seria a proposta do texto…
No comando há a menção a “Clarice Lispector” e, muitas vezes, o cara bate o olho e já vai direto pra memória, querendo recuperar o que estudou. Mas olha só… a questão solicita “Nesse fragmento”. Ou seja, basta olhar para o fragmento…
4º erro:
- Este diz respeito a não compreender o que está escrito “nas letras a, b, c, d e e” e sair eliminando sem nem ter compreendido o que estava escrito ali. Olha só: muitas vezes aquelas letrinhas trazem informações densas e a gente olha e diz “não, não, essa não!” e vai embora sem nem saber o que tá escrito.
O que é “primazia do samba sobre a música nordestina”? O que seria a “valorização das origens oligárquicas”? O vestibulando tem mania de ler rapidamente e partir para a próxima sem nem saber o que está descartando… E quanto mais densa a frase, pior…
No poema, o eu lírico faz um inventário de estados passados espelhados no presente. Nesse processo, aflora o
- cuidado em apagar da memória os restos do amor.
- amadurecimento revestido de ironia e desapego.
- mosaico de alegrias formado seletivamente.
- desejo reprimido convertido em delírio.
- arrependimento dos erros cometidos.
Proponho um exercício: explica pra mim o que é “amadurecimento revestido de ironia e desapego”, “mosaico de alegrias formado seletivamente” ou “desejo reprimido convertido em delírio”. Se não parar para pensar, fica difícil, né?
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Então vamos jogar esse erro fora! Juramento solene! Erga a mão e repita em voz alta, de preferência na presença de testemunhas: eu, fulano de tal, um dos próximos aprovados no vestibular, prometo jamais, ja-mais! Seguir com a leitura sem ter entendido o que acabei de ler…
5º erro (o mais comum):
- Querer marcar logo a resposta certa. É mais ou menos como quando a gente entra numa loja e quer comprar algo. Tudo parece bom. E a gente compra algo que depois acaba se arrependendo… Já passou por isso? Pois é, as letrinhas ABCDE são malandras, ficam tentando convencer a gente… Então não podemos querer marcar logo a certa. Temos que sublinhar, riscar, marcar tudo aquilo que está errado. A gente só pode marcar a resposta certa depois que se certificar de tudo aquilo que elimina as outras, tá certo?!
Presta atenção porque esses erros são grudadinhos um no outro. E são erros no comportamento adotado. Por isso é fácil mudar: a gente conhece o comportamento, observa se é assim que está agindo e busca mudar. É isso: a nossa conversa vai acabando por aqui, mas já estou esperando você na próxima… E vem me contar se você percebe esses erros no seu comportamento, tá?!