Fala, vestibulande! Aqui estamos nós novamente! Hehe Vocês pensaram que se livrariam fácil de mim? Podem tirar o cavalo da chuva, desamarrar o jegue do tamborete, pois aqui ninguém abandona o barco! E não pensem em colocar o Santo Antônio no congelador! Se bem que… isso é coisa pra quem está encalhade… na seca do sertão! Que não pega ninguém faz tempo… Xiiiiiii… Meti o dedo na ferida… Melhor mudar de assunto…
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Ei! Vocês lembram que estávamos falando de… Pere… Era sobre? Deixe-me lembrar…ah! Era sobre um assunto que é um verdadeiro beijo na boca! Ôpa! Digo, um assunto excitante! Êpa! Falhei de novo… É sobre arte moderna! Pronto! Humpf… E se você não leu o blog anterior sobre a primeira parte sobre as vanguardas artísticas, passe o olho lá!
Meu Deus… Que tentação! Mas aqui é foco total no Enem! Simbora se jogar nessa jornada de redenção! Vade-retro tentação da moléstia!
O assunto topado continua sendo sobre as vanguardas artísticas e a arte moderna
Como foi dito no capítulo anterior, esse assunto é muito importante para o vestibular! Sempre cai alguma questão na prova! Mas antes de falarmos profundamente sobre cada um dos movimentos dessa parada, vale ressaltar alguns pontos…
Primeiro ponto
Os avanços tecnológicos estavam pipocando pela Europa e os artistas tiveram que se adaptar a essa realidade. Lembram da parada da fotografia? Que deixou os artistas nervousers? Pois é… Alguma coisa de diferente seria a única saída para esses caras. E aí surgiu uma outra invenção libertadora, literalmente. Estamos falando do tubo de tinta industrializada!
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É, pois é, pois é, pois é… Esse artista que antes tinha que preparar a sua própria tinta dentro de seu ateliê, agora poderia “sair pra fora” e ter contato direto com a paisagem a ser representada. Como assim, teacher? É isso mesmo que você leu e ouviu! O cara preparava tudo na raça!
Pra se ter uma ideia, algumas tintas eram preparadas de modo bastante inusitado, como exemplo o ‘amarelo indiano’, feito a partir da urina de vacas que se alimentavam de uma grande quantidade de folhas de manga. Dá pra você? Que delícia, hein? Deveria ter um cheirinho gostosoooooooooooo!
Era um caos! Não dava para levar essa parafernália para fora do ateliê. Então o pintor fazia um esboço da paisagem e voltava saltitante para preparar suas tintas e pintar essa paisagem com a urina sagrada das lhamas da Himalaia! Sqn! Era uma bosta, digo, um mijo! Trabalho ruim da poxa! Mas eis que surgem as tintas industrializadas… Os artistas saíram às ruas gritando ‘é penta! É penta!’ Digo, é tinta! É tintaaaaaaaaaa!!!
Agora a história da pintura passaria ser bem diferente, pois em contato direto com a paisagem a ser retratada, o pintor perceberia coisa que antes não eram notadas de modo mais efetivo e preciso, como no caso dos efeitos luminosos da luz solar do sol. Nasceria assim o impressionismo, movimento que valorizava tais efeitos, com pinceladas rápidas, dissociadas e que promoviam a chamada mistura óptica, ou seja, a tinta se misturaria no olhar do observador.
Por isso que de perto de uma pintura impressionista vemos manchas coloridas, mas, quando nos afastamos, vemos a cena se completar. Que bruxaria é essa? Nada demais. Só um estudo minucioso acerca das cores complementares e umas paradas atreladas ao estudo da física. Um dos caras de destaque desse estilo era o nosso queride Claude Monet, que passava várias horas pintando ao ar livre. Que vidão, hein? E a gente preso em casa… Snif… Snif… Feliz era o Monet!
Segundo ponto
Não é nada demais! Só falei para dar um ar de inteligente… Essa coisa dos pontos… Ah! Não! Lembrei! Tem uma parada dos pontos mesmo! É o tal do pontilhismo! Os artistas deram uma louca e começaram a pintar com pontinhos de tinta uniformes. Dá pra você? O negócio era tão doido que de perto a gente vê os tais dos pontinhos multicoloridos, mas de longe só se vê a cena da paisagem representada! Cara! É doido! Muito louco, mano! Ou então era um povo desocupado, sem ter mais o que fazer! Imagina se um vestibulande linde e fofinhe como tu iria perder tempo com essa bobagem? Se bem que é tão terapêutico! Melhor que aqueles plásticos bolha! Invente e tente! Faça uma pintura com pontinhos, minha gente!
Georges Seurat. Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte (1886) | Art Institute of Chicago
Essa peste é toda feito com pontinhos! Pode isso, Arnaldo?
Mas agora vamos de vanguardas artísticas
Atenção! Preste muita atenção! Todos os estilos a seguir têm o único e exclusivo objetivo de romper com as imposições feitas à arte, pelos valores clássicos, que entranharam, enraizaram, fizeram e aconteceram! Cara, só se falava na tal da beleza, da perfeição e blá, blá, blá… Os artistas meio que cansaram disso e buscaram novos horizontes. E vamos ver onde isso foi parar.
Teve um tal de cubismo, que tinha como característica os planos irregulares, os fragmentos, a geometria. O lance era que, quando um personagem fosse desenhado, ele tanto estaria de frente para nós, quanto de lado, ou também visto de cima, mas também de baixo. Putz! Doideira! Mas é uma doideira massa do nosso querido Pablo Picasso! Não é a Pabllo Vittar, viu?! E não pense em começar a mexer o seu “big big big big big seu bumbum”! Concentração! Já falei!
A ruptura aqui seria de não mais representar os planos tridimensionais renascentistas. Os planos agora poderiam ser mais livres e de acordo com a perspectiva do artista.
Para onde esse “ditocujo” está olhando mesmo?
Outro estilo marcante foi o expressionismo, que agora trabalharia a expressão dos sentimentos mais profundos e íntimos do artista. Ui! Que gostosinho! E delicado! Quem se notabilizou foi o norueguês Edvard Munch, o munchinho! Ele fez uma das grandes obras desse movimento, que foi “o grito”, um quadro com um cara bizarro, com as mãos na cabeça e descendo até o chão. Chão, chão, chão… Afff… Lá vem você de novo com Pabllo Vittar! Agora é Munch!
Essa é uma das quatro versões sobre o mesmo tema. A ideia era de reproduzir uma cena livre da estética do “belo” (não é o pagodeiro!) e fazer com que as pessoas entendam que existe beleza em formas “feias”, desequilibradas e desproporcionais. É a emoção à flor da pele! É sentimento puro! Quando visualizar essa obra, lembre-se da sua cara ao fazer a prova do Enem! Pronto! Identificação pura! hahaha… Brincadeirinha…
Outra vanguarda massa foi o surrealismo, que era uma mistura de realidade com o universo dos sonhos. Os dorminhocos de plantão já se identificaram, não é?
“Vou dormir agora, Godoy, para estudar a fundo o surrealismo!”
Nem pense nisso, boboca! Continue aqui, ligade!
Mestres como Salvador Dalí (e sem piadinhas com lugares!) e Magritte (e sem piadinhas sobre peso) se destacaram. As obras eram baseadas em estudos de Sigmund Freud e tinham uma pegada de analisar o inconsciente humano e suas aventuras.
P.S.: Os relógios não foram derretidos pelo sol de Aracaju, viu? Foi a viagem surrealista mesmo!
Teve também o abstracionismo, que tinha a ideia de fazer com que você passasse a admirar os desenhos de seus irmãozinhes, de quatro anos. Afinal, era só derramar o pote de tinta na folha e espalhar que estaria pronta a obra. Mas o negócio não era tão simples assim. Diz a lenda que tem abstracionista como Mondrian que utilizava matemática da pesada aqui. Um tal de número de ouro, de proporção áurea. Cara, eu já não sei quanto é 23 x 7, imagine um negócio que é uma dízima 1,6183333333… E dizem que é o número da perfeição! Tem um tal de Kandinsky que ainda ia além. Dizia ele que a obra abstrata era como uma partitura de música clássica. Deus meu! Meu deus! Doideira pura!
UMA OBRA DE MONDRIAN
Você: isso até eu faço!
Não faz, pestinhe! É matemática, lembra?
Tinha o fofinho do fauvismo. Se bem que não era tão fofinho assim! Afinal de contas, o termo fauvismo deriva de “fauves”, ou seja, selvagens. Ui! Que gostosinhos! Selvagens por utilizar as cores de modo puro e sem conexão com a realidade. Tipo, se você fizesse uma pintura de uma paisagem que tivesse o mar, provavelmente pintaria a água de azul, de verde, enfim… O fauvista pintaria de vermelho, de rosa pink! Por que isso, Godoy? Porque ele pinta a cor que quiser! Simples assim! Grosseiro, não? Selvagem! Ui! Gostosinhos!
Você já viu alguém laranja na vida, sem ser Donald Trump? Pois bem, as cores não precisariam ser as cores da realidade!
Apertem os cintos agora! Porque vem chegando com tudo o futurismo! O estilo da velocidade e do movimento! Chão, chão, chão… Não é desse movimento pélvico que estou falando… É da valorização da máquina, do automóvel e de suas formas arrojadas. Espírito da modernidade! Estilo esse que tomava conta do cotidiano. Nas obras, os artistas tentavam retratar esse movimento com cores e formas que sugerissem velocidade. Teve até um manifesto, publicado por um tal de Marinetti. Diziam que era muito anárquico e até mesmo fascista. Mas no que diz respeito à arte, sintetizava o pensamento de uma época.
“O DESPERTAR DA CIDADE”, DE UMBERTO BOCCIONI
Pra encerrar com chave de ouro, tinha o tal de dadaísmo, de um tal de Marcel Duchamp. Se você não aprovou muito a arte moderna e seus estilos, talvez esse aqui te deixe com um pouco mais de raiva. A parada é a seguinte: um cara foi numa loja de material de construção, desembolsou alguns dólares para comprar um mictório/ urinol, pegou tinta e escreveu “R. Mutt, 1917”. E voilá! Estaria pronta a maior obra de arte de todos os tempos! Sqn! Você, em 2021, super antenade e moderninhe, não consegue aceitar um troço desses! Imagina em 1917…
E você estudando pra caramba para passar no vestibas?
Como tal abominação poderia ser considerada arte? Resposta dadaísta na ponta da língua: tudo pode ser arte, desde que o artista assim determine! Simples assim… O pensamento é de que a arte clássica definiu um tal de “bom gosto” para as obras e alguns artistas saturaram dessas regras. Por que não criar uma arte sem regras? Sem padrões? Essa seria a essência a partir de agora e que iria desencadear em movimentos contemporâneos… Mas aí já é assunto para um outro blog…
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