PRINCIPAIS PENSADORES DA FILOSOFIA PÓS-MODERNA

professor

Fala galerinha! Eu sei, já estava com saudades, né? Quer saber qual viagem faremos hoje? Uhm… Então, galera, hoje iremos mergulhar no incrível universo das filosofias na pós-modernidade… O papo será com Foucault, Deleuze e Ralws…

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Como sabemos, a contemporaneidade foi marcada por profundas rupturas e, estes pensadores, buscaram compreender e apresentar possíveis soluções para os dilemas hodiernos. Bem, vamos começar essa travessia assaz…

Vamos conhecer um pouco da filosofia francesa na pós-modernidade… Uma das principais origens do pensamento francês contemporâneo encontra-se no estruturalismo, corrente de pensamento formulada no início do séc. XX pelo linguista suíço Ferdinand de Saussure.

O estruturalismo se define por tomar a noção de estrutura como central em seu desenvolvimento teórico e metodológico. Sendo assim, para eles, uma estrutura é um sistema, um conjunto de relações definidas por regras, um todo organizado segundo princípios básicos de tal forma que os elementos que constituem este todo só podem ser entendidos como parte do todo.

Bem, agora que já sabe o que é estruturalismo, vamos conhecer um importante representante desta corrente filosófica, o Michel Foucault.

Foucault nasceu em Poitiers, na França, em 1926, estudou Filosofia e Psicologia. Vale ressaltar que, assim como eu, ele foi influenciado pela filosofia de Nietzsche, pensador alemão.

Foucault é um dos principais pensadores da pós-modernidade, ele centrou sua investigação em temas como instituições sociais, sexualidade e poder. Para ele, as sociedades modernas apresentavam uma nova organização do poder. Exatamente por pensar assim que ele passou a defender que o poder fragmentou-se em micropoderes e tornou-se muito mais eficaz.

Além de discutir os micropoderes, Foucault buscou compreender o processo de docilização dos corpos. Para ele, o crescimento do capitalismo se sustentou graças à disciplina, tipo de poder que se exerce sobre os corpos dos indivíduos. Para que esse poder pudesse obter êxito, foram criadas as instituições disciplinadoras, como fábricas, escolas, hospitais, quartéis, prisões, dentre outras.

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Ainda segundo Foucault, a função da disciplina é produzir corpos dóceis que possam ser moldados, configurados segundo as necessidades sociais. Os corpos disciplinados são corpos exercitados e submissos. Exatamente por isso Foucault acreditava que a docilização dos corpos aumentava a força produtiva, ao passo que diminuía a força desses corpos em sentido político, tornando-os obedientes.

Voltando à questão dos novos arranjos do poder, Foucault definiu que o biopoder é o poder sobre a vida. Sendo assim, para ele, o biopoder se exerce sobre os grupos de indivíduos docilizados que constituem a população. Ele é a base do chamado Estado de bem-estar social, que se preocupa em oferecer condições mínimas de vida digna para toda a população. É por meio do biopoder que os programas sociais são criados. Outrossim, Foucault defende que o biopoder produz a sociedade da segurança, ou seja, do controle populacional.

Além da questão do biopoder, Foucault também buscou compreender a questão da vigilância, sobre isso ele diz que, no panóptico, o detento se sente vigiado o tempo todo. Sendo assim, o indivíduo torna-se o princípio de sua própria sujeição, ou seja, para Foucault, esse mecanismo de controle e disciplinamento é uma expressão de sujeição.

Galera, ainda na França, o bate-papo agora será com o filósofo Gilles Deleuze.

Deleuze nasceu em Paris, na França, em 1925, foi professor nas Universidades de Sorbonne, Lyon e Vincennes. Assim como aconteceu comigo e com o Foucault, Deleuze também foi influenciado pela filosofia de Nietzsche.

 

Para Deleuze, o poder do inconsciente tem relação profunda sobre a razão. O cara foi um gênio, pensador destacado pela vasta produção. Suas obras abordavam temas como filosofia, literatura, artes, cinematografia e psicanálise. Eu falei, ele foi genial!

 

Para ele, a tarefa principal da filosofia seria a criação permanente de conceitos, que são necessários para a compreensão de problemas e, para tanto, não deveria haver um único parâmetro que devesse guiar a filosofia, nem valores eternos e absolutos que devessem ser o centro de toda reflexão filosófica.

 

Deleuze buscou analisar o desgaste das instituições disciplinares, sobre isso, ele escreveu: “As instituições disciplinadoras estão sendo desgastadas, nada mais é eterno e/ou terminal, os indivíduos sempre estão em busca de algo a mais”.

A fim de dar maior ênfase à sua constata como, por exemplo, o sistema prisional que hoje busca a aplicação de penas alternativas, o que possibilita o cumprimento fora das prisões. Entretanto, para ele, essa liberdade aparente, oriunda do desgaste, também permite que sejamos controlados.

 

Outro tema abordado por ele foi a questão da elasticidade do capitalismo. Segundo Deleuze, o capitalismo é um sistema elástico, pois sempre coloca seus limites adiante, como podemos evidenciar no movimento hippie da década de 60, que foi um movimento contestatório do capitalismo e que, depois, foi absorvido pelo mesmo que passou a comercializar mercadorias inspiradas neste movimento.

 

Ainda segundo Deleuze, pensamos e agimos como se fossemos livres, mas na verdade, somos controlados e manipulados. Você lembra que eu havia comentado as produções de Deleuze no campo da psicanálise? Pois é… Sobre isso, ele escreveu O anti-Édipo.

 

O anti-Édipo é uma crítica ao complexo de Édipo da teoria psicanalítica de Freud. Para eles, Deleuze e Guattari, o complexo de Édipo de Freud é castrador da energia original do ser humano, uma espécie de vontade de desejo, para fazer uma aproximação com o conceito de vontade de potência, de Nietzsche.

 

Na concepção de Freud, todo individuo teria de reconhecer a sua falta ou culpa na infância, seu desejo por um dos pais, a necessidade de transferir esse desejo para um parceiro e assumir a posição de rival (pai ou mãe). Exatamente por isso que, para Deleuze e Guattari, a estrutura do complexo de Édipo lembra o pecado original, e os psicanalistas parecem ser os novos sacerdotes.

 

Pessoal, nossa viagem à França termina aqui, porém nossa viagem filosófica ainda não terminou… Partindo em direção aos Estados Unidos, lá iremos bater um papo com o filósofo John Rawls.

Rawls nasceu em Baltimore, nos Estados Unidos, em 1921, ele estudou nas universidades de Harvard e Cornell.

 

Rawls desde pequeno foi exposto às injustiças do mundo moderno. Tornou-se uma referencia global na luta contra elas. Sua relevância e engajamento político os levaram a ser considerado por Bill Clinton “o maior filósofo político do século XX”, por ter publicado sua obra intitulada de “Uma teoria da Justiça”.

 

Segundo ele, se houvesse verdadeira justiça no mundo, nenhuma criança estaria faminta enquanto outras têm tanto dinheiro que sequer sabem o que fazer com ele. Sendo assim, para ele, justiça diz respeito a tratar as pessoas de maneira razoável.

A fim de debater a questão das injustiças sociais, Rawls criou o conceito de véu da ignorância. Nele, Rawls nos pede que nos imaginemos num estado consciente e inteligente antes do nascimento, mas sem nenhum conhecimento das circunstâncias em que nasceríamos com o futuro envolto num véu da ignorância. A pergunta que Rawls nos faz é: Em que tipo de sociedade seria mais seguro nascer? A resposta é obvia, sem saber em qual situação financeira nasceríamos, tenderíamos a buscar desenvolver uma sociedade menos desigual.

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Outra grande contribuição deste pensador foi a Teoria da Justiça. Segundo Rawls, Justiça como equidade é o ato de promover vantagens aos mais desfavorecidos e uma justa igualdade de oportunidades. Sua teoria era baseada em dois princípios: liberdade e igualdade. Ele acreditava que ambos seriam aceitos por qualquer pessoa razoável. Outrossim, ele defendia que a sociedade deveria ser organizada para dar oportunidades e riquezas mais iguais aos desprovidos.

E isso é tudo pessoal! Espero que tenham gostado da nossa viagem pelos grandes filósofos da pós-modernidade. Se você quiser se aprofundar no assunto, assista à minha videoaula sobre este assunto que está na plataforma Explicaê.

 

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