Fala, vestibulandes! Vamos viajar mais um pouquinho ao longo da história?! Essa vai ser uma viagem filosófica. Está preparade? Então apertem os cintos e vamos viajar no tempo para conhecermos três dos momentos mais importantes da história da Filosofia: Renascimento, Humanismo e Revolução Científica. Último aviso passageires! It’s now or neveeeer!
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Bem, galera, agora que vocês já embarcaram no nosso avião, daremos a você a principais informações. Então, bbs, a intenção dessa viagem é analisarmos as inúmeras rupturas que ocorrem entre o medievo e a modernidade. Tentarmos compreender o contexto histórico e as inovações na forma de pensar e produzir conhecimento!
Empolgades? Eu estou! 😆 Então, vamos nessaaa!
Começaremos batendo um papinho acerca do movimento renascentista, uma vez que esse movimento esteve no olho do furacão, ou melhor, ele seria o olho do furacão e marcou de forma indelével o início da modernidade!
Buscando um ponto de partida, encontramos em Fernand Braudel, no livro O modelo italiano:
Bom, galerinha, já vimos que, segundo o Historiador Fernand Braudel, o renascimento foi financiado pelos mecenas (burgueses italianos). Dessa forma, desejando ampliar um pouco mais nossa concepção acerca deste movimento, recorremos à historiadora Maria Cristina Giovanazzi que escreveu o seguinte:
Sendo assim, chegamos ao conceito de Renascimento e entendemos que foi um amplo movimento artístico, científico e intelectual iniciado na Itália no século XIV. No entanto, como o que nos interessa é a parte filosófica, buscamos outra opinião, a do historiador Jacques Le Goff que escreveu:
Tranquilo até aqui, galerinha? Vamos continuar nossa viagem? Agora que já conhecemos o conceito e contexto histórico da renascença, que tal aprendermos acerca das principais características do movimento? Gostaram da ideia, né? Então, vamos lá!
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Esse movimento recebeu esse nome porque foi inspirado nos valores da cultura greco-romana e tinha como principais características o: Antropocentrismo (o homem como centro de todas as coisas); Racionalismo (o homem como ser racional que interage com o mundo e que pode organizar a sociedade); Humanismo (o humano e seu entorno passaram a ser o centro das preocupações na modernidade); Individualismo (a individualidade das pessoas começou a ser valorizada).
Com base nas características apresentadas, podemos supor que, durante o Renascimento, se difundiu a busca por explicações racionais para os fenômenos naturais. Ou seja, os indivíduos não mais recorreriam à fé, mas teria na razão o pilar do pensamento e da aquisição de respostas. Desta forma, percebe-se que a Renascença negou a ideia de que a Igreja e a Bíblia seriam suficientes para responder a todos os questionamentos humanos.
Bem, já que falamos acerca do humanismo, que tal conhecermos melhor este movimento?
O Humanismo surgiu na Itália por volta do século XIV e expandiu-se rapidamente pelo continente europeu. O Humanismo contribuiu para o surgimento de um movimento artístico, científico e cultural conhecido, como Renascimento. Foi Giorgio Vasari quem deu o nome ao movimento para designar a retomada do estilo clássico em oposição à arte do final do período medieval. Desta forma, entende-se que o Humanismo rompeu com a visão teocêntrica do medievo, valorizando o interesse pelo homem considerado em si mesmo.
Pronto, movimento definido e conceituado, agora vamos conhecer alguns filósofos humanistas, certo? Nosso ponto de partida será o Thomas Morus!
Ele nasceu na Inglaterra em 1478, obteve relativo sucesso no meio político e, acreditem vocês, chegou a ocupar uma vaga na Câmara dos Comuns. Proeminente no mundo político, Morus tornou-se Chanceler da Inglaterra durante o reinado de Henrique VIII, mas deixou o cargo em 1532, após um desentendimento com o rei, o que acabou resultando em sua morte. Ele foi contrário à medida adotada pelo rei ao assumir o controle da Igreja Anglicana.
Já sabemos quem foi Morus, agora vamos conhecer a principal obra filosófica dele.
A principal obra literária de Morus é conhecida como Utopia. Neste livro, ele fala de uma ilha imaginaria. Trata-se de um dos textos mais conhecidos do pensamento humanista. Nela, ele apresenta o que seria uma sociedade ideal, onde todos os males desapareceriam. Vale ressaltar que na Ilha de Utopia não havia propriedade privada, todos os indivíduos eram iguais, não existia divisão do trabalho, o trabalho seria realizado apenas durante seis horas, não haveria avidez por dinheiro, bem como uma única religião. Estes elementos levam-nos a acreditar que Morus estava criticando a Inglaterra quinhentista.
Galerinha, vamos mudar o meio de transporte. Agora vamos pegar um navio e partiremos da Inglaterra em direção à Holanda, pois agora falaremos sobre nosso segundo pensador humanista, o Erasmo de Roterdã.
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Erasmo de Roterdã nasceu na Holanda em 1466, ele buscou aplicar os princípios da moral estoica e epicurista no campo da política, prova disto, sua obra “A educação de um jovem príncipe”, manual dedicado ao futuro imperador Carlos V. entretanto, a obra mais famosa de Roterdã foi “O elogio a loucura”, nela, este pensador, questiona, em estilo profundamente irônico, o racionalismo escolástico produzido no medievo com base nas concepções aristotélicas. Além disso, ele traz à tona os males da humanidade, como a ingratidão, a intolerância e a hipocrisia.
Continuaremos nossa viagem, mas, desta vez, iremos a cavalo, pois seguiremos da Holanda em direção à França, uma vez que nosso próximo filósofo vive lá.
Michel de Montaigne nasceu na França em 1533, foi considerado o pensador mais importante da segunda geração de humanistas. Vindo de família importante, Montaigne tornou-se prefeito, entretanto, o maior legado deste filósofo foi sem sombra de dúvidas o seu livro “Ensaios”.
Nesta obra, ele explicita a influência oriunda dos céticos antigos. Outro ponto relevante abordado em seu livro “Ensaios” foi à questão moral, pois, para ele, a moral cristã não seria superior aos valores estabelecidos pelos povos indígenas. Ainda segundo ele, “chamamos de bárbaro aquilo que não faz parte de nossos costumes”.
Montaigne defendeu a necessidade da adoção de uma atitude de tolerância religiosa no momento em que a França se encontrava dividida entre católicos e protestantes em guerra. Essa postura de Montaigne ficou conhecida como fideísmo moderado (doutrina teológica que, desprezando a razão, preconiza a existência de verdades absolutas fundamentadas na revelação e na fé), pois não havendo argumentos racionais para a defesa de uma ou da outra, a fé era o que deveria prevalecer, uma vez que a fé não necessitaria de defesa racional ou de argumentos a seu favor, por ser uma experiência do indivíduo, e é nisso que se apoia.
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Bom, galera, nossa viagem termina aqui e espero que vocês tenham gostado!