Olá, consagrade! Hoje vamos falar sobre os principais pontos sobre o Romantismo. ⠀Aaaaa… Fico até suspirando… Nesse escola literária, foram produzidas várias obras linda! Mas fique esperte porque não estou falando só do amor piegas e clichê presentes nas músicas de sofrência (que adoro demais hihi), como também da paixão relacionada aos temas, como política, esperança, luta, revolução e o cotidiano da burguesia.
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Mas vem cá! Você já notou que, quando estudamos o Romantismo, temos a impressão de que já sabemos o conteúdo; porém, depois, quando vamos nos aprofundando, descobrimos que não era nada do que a gente pensava? Haha
Isso acontece com todo mundo. Está gostando? Então vem conosco que explicamos a razão disso!
Então, queride, a palavra “romantismo” é polissêmica, ou seja, apresenta mais de um sentido. Escrita com letra minúscula quer dizer as características afetivas, sentimentais, emotivas de certas pessoas sensíveis, delicadas. Por exemplo, tal crush manda flores, lê poemas, abre a porta do carro, leva para o restaurante e ainda contrata músicos para te surpreender no restaurante. Há algo mais romântico que isso? Aaaaaa
Já se a escrita dessa palavra estiver com letra maiúscula, define-se como movimento artístico e cultural advindo do Iluminismo surgido na Europa do século XVIII e no Brasil do século XIX, caracterizado pela reação anticlássica, pela rejeição aos arroubos de racionalidade, objetividade e impessoalidade do Arcadismo ou Neoclassicismo.
Os artistas românticos valorizam os estados de alma dos artistas que projetam o seu “eu-lírico” na natureza, na religião e na pátria, por serem nacionalistas ufanos (cegos).
Então se ligue na diferença entre o romantismo com letra minúscula, qualidade da personalidade de uma pessoa, e o Romantismo com letra maiúscula, o vasto movimento ocorrido na Literatura, no Teatro, na Música, na Escultura e na Pintura, ao longo do século XIX.
No Brasil, o Romantismo desenvolveu-se principalmente nos gêneros romance e poesia. O romance estava em ascensão na Europa e não tardou a fazer sucesso também por aqui. Inúmeros jornais e folhetins traziam, em suas páginas, as belas traduções de romances europeus de cavalaria ou de amores impossíveis. Logo, toda uma gama de jovens escritores brasileiros interessaram-se pelo gênero e especializaram-se nesse tipo de literatura.
Em termos da temática, o romance brasileiro pode ser dividido em quatro tendências distintas.
O romance urbano
Esse retrata, muitas vezes de forma crítica, a vida e os costumes da sociedade no Rio de Janeiro. Os enredos, na maioria das vezes, são recheados de amores platônicos e puros, frutos de uma classe social sem problemas financeiros e, na maioria dos casos, estereotipada.
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Destacam-se as obras de Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida e principalmente José de Alencar.
O romance indianista
Focaliza-se a figura do índio. Enquanto o escritor europeu tinha seus cavaleiros medievais, o brasileiro sentiu a necessidade de resgatar, em nosso passado, um herói que melhor nos retratasse.
Mesmo sendo algumas vezes retratado como se fosse um cavaleiro europeu da Idade Média, a figura do índio surge de forma imponente, com seus costumes e sua vida selvagem, mas cheia de virtudes.
Destacam-se aqui as obras de José de Alencar, principalmente os clássicos Iracema e O Guarani.
O romance regionalista
Concentra-se em outra figura brasileira: o sertanejo. Na insistência nacionalista de buscar as raízes de nossa cultura, a figura do sertanejo, com suas crenças e tradições, fez-se tão exótica quanto a do índio.
Dentre os regionalistas, destacam-se, além de José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de Taunay e Franklin Távora.
O romance histórico
Os romancistas brasileiros buscaram, em nossa história, temas que alimentassem os anseios românticos, de modo a acentuar ainda mais o nacionalismo exaltado que respirava a pátria desde a independência.
Evidenciam-se Bernardo Guimarães e, mais uma vez, José de Alencar.
A poesia brasileira se desenvolveu no Brasil de uma forma muito criativa e rica em temas e imagens, apesar de muitas vezes não passar de mera influência ou cópia de poetas europeus.
Podemos dividir toda essa gama de temas em três importantes fases:
Primeira geração romântica
O índio, verdadeiro ícone da cultura tradicional brasileira, concorre, nessa primeira geração, de igual para igual com os sentimentos e as emoções dos poetas brasileiros. O nacionalismo exaltado vai também apreciar a beleza e a riqueza de nossas matas.
Destacam-se os poetas Gonçalves de Magalhães e principalmente Gonçalves Dias, o nosso melhor poeta indianista.
Segunda geração romântica
É a poesia do “mal-do-século”. Inspirados pelos poetas europeus, principalmente Lord Byron, nossos poetas vão cantar os amores impossíveis, o desejo pela morte, a indecisão entre uma vida de liberdade ou uma vida religiosa e a incompreensão do mundo, aliada ao desejo de evasão. É o que Fagundes Varela chamou de “a escola de morrer jovem”.
Destacam-se, nessa segunda geração, os fervorosos versos do próprio Fagundes Varela, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
Terceira geração romântica
É a geração dos poetas que se cansaram de lamentar as angústias e os amores impossíveis. Era hora de lutar para modificar o mundo que tanto reprimia o ser e o condenava à morte e à constante fuga da realidade.
Os poetas dessa terceira geração sentem que é mais do que necessário deixar o choro e a melancolia de lado e se engajar numa luta social, tendo a poesia como espada afiada, que tocava o povo no íntimo.
Essa geração acabou por ser denominada como “geração hugoana” (por ter sido diretamente influenciada pelo poeta francês Victor Hugo) e também “geração condoreira”, que, tendo como símbolo o condor, sugeria que a poesia voasse alto, falasse alto e causasse grande efeito enquanto a voz que toca a massa. Seu maior representante foi Castro Alves.
Essa terceira geração, na verdade, já era o início da transição do Romantismo para o Realismo, em que a crítica social passa a ser uma das características mais marcantes.
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