Olá, vestibulando(a)! No blog de hoje, trataremos de tema de redação muito importante: A questão da fome e seus fatores motivadores. Vamos mostrar a você a como fazer um planejamento textual. Você aprenderá como selecionar palavras-chave e sugestões do que você pode colocar na introdução, desenvolvimento e proposta de intervenção. Ficou interessado(a), né?
Antes de começarmos a produção textual, temos que selecionar as palavras-chave do tema, visto que elas, obrigatoriamente, devem aparecer no texto. Isso pode ser feito explicitamente, ou seja, com os termos que estão presentes no tema ou por meio de sinônimos. Então vamos começar separando as palavras-chave do nosso tema: A questão da fome e seus fatores motivadores.
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Quais são as palavras-chave, ou seja, quais são as palavras mais importantes que nortearão a nossa discussão?
Fome e fatores motivadores; também pode colocar em sua redação termos correlatos, como desigualdade e assistência social. Agora que já separamos as palavras-chave, vamos pensar sobre o que o tema solicita de nós. Para isso, vamos interpretá-lo.
O tema em questão solicita que falemos de causas ou consequências?
Bom, se o texto nos pede fatores motivadores, então, ele quer que digamos quais as causas da fome no Brasil, não é mesmo? Portanto, vamos pensar nas causas da fome no Brasil.
Pois bem, já separamos as palavras-chave e já sabemos o que o tema no solicita. Agora, devemos escolher qual posicionamento tomar diante deste tema. Mas antes a gente precisa levantar o seguinte questionamento: Por qual razão a fome não foi erradicada em um país que possui uma das maiores economias do mundo? Assim, podemos chegar às seguintes repostas. As quais serão os argumentos/problemas que desenvolveremos nos parágrafos seguintes:
1) Desigualdade Social;
isso porque, devido à não continuidade das políticas de assistência, o Brasil voltou ao mapa da forma.
2) Fragilidade das políticas públicas;
Já que o problema da fome ainda é banalizado por parte por parte de população.
Eita, parece que a gente já conseguiu separar aquelas duas ideias fantásticas para colocar na introdução, hein?
Além disso, já pensamos nos problemas que podemos usar na introdução e os quais desenvolveremos nos parágrafos seguintes. Agora vamos planejar a introdução e pensar em sugestões de repertórios para a introdução? Hehe Que mimo, viu? Vamos lá!
Esquema do parágrafo de introdução
Primeiro período – referências para o repertório sociocultural da introdução:
- O poema “O Bicho” de Manoel Bandeira – “Vi ontem um bicho na imundice do pátio/ catando comida entre os detritos. O bicho, meu Deus, era um homem”;
- O livro “A Bagaceira” de José Américo de Almeida (1928) “existe uma miséria maior que morrer de fome no deserto, é não ter o que comer na terra de Canaã”.
Atenção: Há outras formas de se iniciar uma introdução, você pode escolher um desses repertórios ou pensar em outro que você já conheça.
Segundo período para a construção da introdução
Devido ao aumento das desigualdades sociais, a erradicação da fome no Brasil se torna cada vez mais distante.
Terceiro período para a construção da introdução
- Desigualdade social.
- Fragilidade das políticas públicas.
Ai que lindo! Já fizemos todo o esquema da nossa introdução, agora vamos pensar em como será o nosso primeiro parágrafo de desenvolvimento.
Esquema do desenvolvimento I
Atenção: Encare cada sinal de mais (+) como ponto final, pois, assim, você terá noção de como organizar as ideias no seu parágrafo. Veja abaixo o que fazer passo a passo:
Passos:
- 1: apresentar o tópico frasal (mostrar, logo no 1º período, qual é o problema que será desenvolvido no parágrafo);
- 2: desenvolver/explicar o argumento (mostrar como o problema acontece na prática);
- 3: provar o argumento (trazer algum repertório para embasar a sua argumentação);
- 4: comentar o repertório (relacionar o repertório ao que está sendo discutido no texto);
- 5: concluir a ideia apresentada no parágrafo (período usado para concluir a argumentação do parágrafo).
Primeiro período – A princípio, ressalta-se que a desigualdade social é a principal causa da fome no Brasil. De acordo com o ‘Índice de Gini’, o Brasil é o nono país mais desigual do mundo.
Sugestões de possíveis argumentos associados ao tema:
- A população pobre não tem o recurso financeiro para comprar o alimento;
- A fome é resultado da má distribuição de renda;
- Agrava o problema, a política econômica que não prioriza a ascensão social do pobre, além da grave crise e dos altos índices de desemprego.
Sugestões de repertório: O teórico Karl Marx, que trabalha a desigualdade como resultado do desequilíbrio entre burguesia e trabalhadores; o conceito de “Cidadão de papel” do sociólogo Gilberto Dimenstein.
Esquema do desenvolvimento II
Problema 02 – Em seguida, é possível apontar as frágeis políticas públicas de combate à fome e as ações sociais pontuais como agravantes do problema.
Sugestão de repertório: Nos últimos anos, houve um corte substancial nos recursos de programas como o Bolsa Família, o que gerou o aumento da miséria. Além disso, o país adota a política assistencialista, a qual funciona emergencialmente, porém não dá ao indivíduo a oportunidade de ascensão social plena. Por outro lado, embora a sociedade brasileira seja considerada solidária, ela age de forma pontual.
Já que pensamos na estruturação dos parágrafos de desenvolvimento, vamos, agora, encontrar soluções para os problemas/argumentos que apresentamos na introdução e argumentamos nos parágrafos de desenvolvimento.
CONCLUSÃO
D 1 – Dirimir as desigualdades sociais no país
- Agentes:
- Governo Federal.
- Governos Estaduais.
- Ação:
- Distribuição de renda
- Meio/Modo:
- Políticas de geração de emprego;
- Manutenção das políticas assistencialistas;
- Reforma agrária.
- Efeito/ Finalidade:
- Promover a ascensão social.
D 2 – Engajamento da população civil em ações sociais.
- Agentes:
- Sociedade
- Ação:
- Atuar como voluntários nos bairros mais carentes.
- Meio/Modo:
- Projetos sociais ou ONGs.
- Efeito/ Finalidade:
- Fazer o papel real que a ideia de cidadão nos permite.
Agora é a sua vez de transformar toda essa ideia em um texto, my friend!
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