TERCEIRA GERAÇÃO DO MODERNISMO: OBRAS E ESCRITORES

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Olá, vestibulando (a)! Tudo bem? Pronto (a) para mais um blog de Literatura? Hoje vamos da Geração de 45, também conhecida como a terceira geração do Modernismo. As obras dessa geração modernista são lindas, de tirar o fôlego! Caso você tenha interesse de ler as obras que citarei depois, leia! Agora vamos partir para o que de fato nos interessa. Vamos degustar o nosso querido blog! Hehe

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Aposto que você já leu no Facebook, no Instagram ou no Twitter alguma frase da Clarice Lispector! Acertei?! Então, ela se tornou uma verdadeira personalidade midiática. Você imagina quando ela lançou sua primeira obra? E a última?

 

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A primeira obra foi publicada a 78 anos, em 1943, com o título de Perto do Coração Selvagem, inclusive, esse romance é o marco inicial da última fase dinâmica do Modernismo, conhecida como Geração de 45. Agora que você já sabe qual foi a primeira obra, saberá da última, A Hora da Estrela, publicada a mais de 40 anos, em 1977.

 

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Incrível como a obra de Clarice cresceu e recebeu um reconhecimento abrangente e pouco comum. Logo ela que sempre foi acusada de ser uma escritora difícil, que ninguém entendia. Então, vamos revisar alguns pontos importantes da produção literária dessa Geração de 45.

A prosa da Geração de 45 retorna às experimentações formais da Geração de 22. Elas repercutem na busca de criar formas inovadoras do ato de narrar e de romper com os padrões consagrados de enredar a ficção. Ademais, a linguagem causa estranhamento nos leitores graças à fusão entre o erudito e o popular, o arcaísmo e o neologismo, entre o lírico e o épico. As estruturas lineares temporais e de espaço desaparecem com o uso do FLUXO DE CONSCIÊNCIA.

Nessa técnica, a linearidade cronológica dos fatos desaparece numa fusão de passado e presente, seguindo uma ordem afetiva da memória do narrador. Desse modo, fatos distantes no tempo se tornam recentes e fatos recentes se tornam distantes.

A intensa elaboração da linguagem literária da prosa de ficção da Geração de 45 é notável na prosa intimista de Clarice Lispector e no regionalismo universal ou super-realista de João Guimarães Rosa.

Clarice Lispector continua, intensifica e inovação a prosa psicológica ou intimista encontrada em obras do século XIX, como Dom Casmurro, de Machado de Assis; na da Geração de 1930, como em Angústia, de Graciliano Ramos; Os Ratos, de Dionélio Machado; em O resto é Silêncio, de Érico Veríssimo. Portanto, Clarice dará um intensificação e inovação nesse tipo de narrativa psicológica nos seus romances, contos e novelas, cujas personagens femininas são sondadas por dentro, expondo dúvidas, culpas, conflito existenciais sempre desencadeados por fatos banais que evoluem para uma epifania, que é um tipo de descoberta diante da vida, do estar no mundo. Não esqueça da forte influência da Psicanálise na obra de Lispector.

Não esqueça: a obra mais cobrada é A hora da Estrela, considerada um porta de entrada para entender o universo ficcional de Clarice por ser uma narrativa propositalmente linear, com começo, meio e fim para contar a história de uma alagoana Macabéa que se muda para o Rio de Janeiro em busca de trabalho. Narrado por Rodrigo SM, autor e personagem do também. Ao lado do romance introspectivo, urbano e universal de Clarice, aparece o mineiro Guimarães Rosa.

 

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João Guimarães Rosa apresenta um estilo singular de escrita nascida do domínio de vários idiomas, da sua formação erudita e do registro da fala sertaneja com a criação única de palavras. A gente pode dizer que liberdade sintetiza a escrita de Rosa, afinal de contas, ele não se limitou a reproduzir estilos, criou o seu próprio dominado pela criação de termos, da ruptura da sintaxe tradicional.

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Seu regionalismo ambientado no sertão de Minas Gerais se transfigura em relatos sobre as angústias humanas, verdadeiras aventuras de lutas, crimes, amores repletos de ação e angústias existenciais. Sagara, Corpo de Baile, Estas Histórias, Tutameia representam seus contos e novelas; acresce seu único romance Grande Sertão Veredas.

 

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Nesse romance, Riobaldo conta suas aventuras, amores e a existência de um suposto pacto com o demônio feito para vingar a morte de seu chefe de bando jagunço, Joca Ramiro. Ademais, o caso amoroso polêmico com Diadorim, jagunço sanguinário em cuja identidade masculina se escondia uma mulher, Maria Deodorina. Riobaldo recheia o livro com uma infinidade de pequenas histórias sobre os limites do Bem e do Mal personificados na imagem de Deus e do Diabo.

Vamos mudar de história agora. Deixemos de lado a prosa de ficção. Falemos da produção poética. Falemos de João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano que nos ofertou o poema dramático Morte e Vida Severina, o auto de natal pernambucano.

 

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A gente pode dividir a produção de Cabral em dois “rios”:

O primeiro “rio” é a descrição de objetos, paisagens, coisas e seres de modo nominal, praticamente sem adjetivos. Por causa do materialismo e preocupação formal, Cabral foi chamado de “Poeta Engenheiro” ou “Neo-Parnasiano” deixando poemas secos, objetivos, impessoais e racionais.

O segundo “rio” é a temática social ligada à descrição das desigualdades sociais do sertão e da cidade pernambucanas, com destaque para Morte e Vida Severina. Nessa peça de teatro em versos, conta-se a história de Severino, um retirante que migra do árido para o litoral e, ao longo do seu longo trajeto, ele testemunha a morte de outros severinos, do rio, dos retirantes. Chegando ao Recife, encara a miséria dos grandes centros e suas formas abandono.

A Terceira Fase ou Geração de 45 é a última fase dinâmica do Modernismo. Corresponde às produções culturais surgidas depois da 2 Guerra Mundial. Alguns estudiosos afirmam que este momento também inaugura o início da Contemporaneidade ou Pós-Modernismo. Pode-se dizer, então, que, a partir dos anos de 1950, a gente entra no período pós modernista com a repetição das experimentações das vanguardas históricas do começo do século XX.

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O blog de hoje chegou ao fim, mas não que triste não porque terão outros!

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