Olá, vestibulade! No blog de hoje abordaremos um assunto da Biologia que está em evidência: Vírus e viroses. Pois é, bb, de uns tempos para cá, o que mais tem ganhado os noticiários tem sido o astro Sars-cov2 e sua empreitada chamada de Covid-19, né não?
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Pois então, tanto esse astro quanto sua empreitada tratam-se de um vírus e uma virose que, por mais discutidos que sejam, ainda carecem de muito entendimento por parte de vocês. Então vamos lá entender o mundo dos vírus e as viroses que eles provocam, ihuuuuuu!
Entenda primeiro que os vírus não são classificados em nenhum reino, filo, classe ou táxon da biologia. Você sabe o porquê? Simplesmente porque não temos certeza se eles são seres vivos mesmo.
Existem aqueles que defendem que os vírus são seres vivos porque possuem material genético, sofrem mutações e podem evoluir, mas existem os estudiosos contrários a essa ideia.
O caras afirmam que a ausência de uma estrutura celular (não possuem membrana, citoplasma e núcleo), a incapacidade de se reproduzirem sozinhos, não terem metabolismo próprio, não se autoconstruírem (autopoiese) e não reagirem a estímulos fariam dos vírus partículas inertes e sem vida.
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Independente de que lado você esteja, o que realmente precisamos saber desses seres ultramicroscópicos são as características já mencionadas e pronto! hehe
Esses seres acelulares são basicamente formados por um envoltório protéico conhecido como capsídeo e um ácido nucléico como seu material genético, DNA ou RNA. Alguns ainda podem apresentar um envelope lipoprotéico possivelmente derivado da membrana da sua célula hospedeira.
Por serem acelulares e não possuírem um citoplasma com organelas como os ribossomos, terminam por não conseguirem produzir suas próprias enzimas e, por consequência, não realizarem suas próprias reações metabólicas, tornando-se, por isso, dependentes de alguma célula hospedeira para fazê-las. Devido a tudo isso, são parasitas intracelulares obrigatórios.
As partículas virais não sofrem divisão celular nem mitose, nem meiose.
Os vírus possuem marcadores de superfície que interagem com células hospedeiras. Por exemplo, o coronavírus possuem proteínas em seu envelope chamadas de Spike ou proteína S(marcadora de superfície) que se encaixam em receptores (AC2 e TMPRSS2) das células hospedeiras. Portanto, qualquer célula do nosso corpo que possuir esses receptores poderão ser parasitadas por ele.
Não são sensíveis a antibióticos (azitromicina, amoxilina, sulfas…), mas são sensíveis a interferons (glicoproteínas produzidos pelo próprio corpo) e tem seu ciclo replicativo paralisado por medicamentos antivirais (aciclovir, coquetéis anti-hiv…).
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Importante lembrar que os antivirais não destroem os vírus, mas apenas paralisam sua replicação evitando o aumento da carga viral.
Sofrem mutações com frequência, o que permite a sua evolução, sendo, portanto, extintos ou aprimorando suas estratégias de infecção (supervírus).
Os vírus de RNA, por não contarem com a ajuda de proteínas reparadoras de mutações, são mais mutagênicos que os de DNA e geram a maioria das viroses conhecidas como a covid-19, a gripe, o resfriado dentre outras.
O genoma viral pode ser composto de DNA ou RNA, sendo que os megalovírus possuem os dois. Quando dizemos que o DNA ou RNA está atuando como material genético ou genômico, quer dizer que ele tem capacidade de replicação e pode ser repassado para os seus descendentes. Nos seres celulares, por exemplo, isso nunca acontece com o RNA que apenas atua auxiliando o DNA.
Os ribovírus ou vírus de RNA podem ser subclassificados em três tipos: os de RNA +(prontos para serem traduzidos), os de RNA –(precisam produzir primeiro um RNA+ antes de serem traduzidos) e os de RNA rt ou Retrovírus(o RNA precisa formar o DNA para depois serem traduzidos).
Os vírus, além de poderem sofrer replicação(duplicação do DNA) e transcrição como os seres celulares, também podem realizar replicação do RNA e o processo de retrotranscrição ou transcrição reversa(RNA => DNA).
O processo de reprodução viral pode ser feito de duas formas diferentes: ciclo lisogênico, que não destrói a célula hospedeira, e ciclo lítico, que destrói a célula hospedeira. É bom salientar que, mesmo que os vírus realizem ciclo lisogênico, terminam por fazer ciclo lítico em algum momento da vida, ou seja, eles sempre matam a célula hospedeira no final das contas.
Eita, chuchu. O papo estava muito bom, mas chegamos ao fim… Mas não fique triste não porque sempre há conteúdo massa para você por aqui! Hehe