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As relações sociais, produzidas a partir da expansão do mercado...

(ENEM 2011 2ª APLICAÇÃO) As relações sociais, produzidas a partir da expansão do mercado capitalista ― e o sistema de fábrica é seu “estágio superior” ―, tornaram possível o desenvolvimento de uma determinada tecnologia, isto é, aquela que supõe a priori a expropriação dos saberes daqueles que participam do processo de trabalho. Nesse sentido, foi no sistema de fábrica que uma dada tecnologia pôde se impor, não apenas como instrumento para incrementar a produtividade do trabalho, mas, muito principalmente, como instrumento para controlar, disciplinar e hierarquizar esse processo de trabalho.

DECCA, E. S. O Nascimento das Fábricas. São Paulo: Brasiliense, 1986 (fragmento).

Mais do que trocar ferramentas pela utilização de máquinas, o capitalismo, por meio do “sistema de fábrica”, expropriou o trabalhador do seu “saber fazer”, provocando, assim,

  • a associação da figura do trabalhador à do assalariado, fato que favorecia a valorização do seu trabalho e a inserção no processo fabril.

  • a divisão e a hierarquização do processo laboral, que ocasionaram o distanciamento do trabalhador do seu produto final.

  • a organização de grupos familiares em galpões para elaboração e execução de manufaturas que seriam comercializadas.

  • o movimento dos trabalhadores das áreas urbanas em direção às rurais, devido à escassez de postos de trabalho nas fábricas.

  • a desestruturação de atividades lucrativas praticadas pelos artesãos ingleses desde a Baixa Idade Média.

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