(ENEM 2020 DIGITAL) No protestantismo ascético, temos não apenas a clara noção da primazia da ética sobre o mundo, mas também a mitigação dos efeitos da dupla moral judaica (uma moral interna para os irmãos de crença e outra externa para os infiéis). O desafio aqui é o da ética, que quer deixar de ser um ideal eventual e ocasional (que exige dos virtuosos religiosos quase sempre uma “fuga do mundo”, como na prática monástica cristã medieval) para tornar-se efetivamente uma lei prática e cotidiana “dentro do mundo”.
SOUZA, J. A ética protestante e a ideologia do atraso brasileiro.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 38, out. 1998.
Retomando o pensamento de Max Weber, o texto apresenta a tensão entre positividade ético-religiosa e esferas mundanas de ação. Nessa perspectiva, a ética protestante é compreendida como
adequada ao desenvolvimento do capitalismo moderno.
estimuladora da igualdade social como direito divino.
promovedora da dimensão política da vida cotidiana.
contrária aos princípios econômicos liberais.
vinculada ao abandono da felicidade terrena.